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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não nasci pra Amélia não!

Não gosto dos serviços domésticos. Não gosto, não gostoooo. Se dependesse de mim todos os utensilios domésticos seriam descartáveis, a casa se arrumaria sozinha num clicar de dedos e a decoração seria trocada toda a semana, claro que também num toque de mágica. Apesar de adorar mudar as coisas de lugar, trocar de cortinas, misturar os bandôs, fazer alguns pratos diferentes de vez em quando, abomino ter que fazer isso todo o bendito dia. Só de imaginar nessa função começo a adoecer.

Desde que me conheço por gente sempre fugi dessas tarefas. Por ser a irmã mais velha, a mãe sempre me encarregava dos cuidados da casa. E como não era boba, digamos que eu administrava muito bem os serviços dos meus irmãos e vizinhos. Desculpem-me, mas eu explorava vocês. Mas, pelo menos eu fazia as tarefas da escola de todos. Tinha vez que tinha 5 cadernos abertos na página: TEMA DE CASA.
Comecei a trabalhar cedo fora de casa, descobri que assim ficaria livre e ainda teria o meu próprio dinheirinho, mesmo que tivesse que dar a metade pro meu pai. Fui estagiária desde a oitava série, mas comecei a gostar mesmo do tal estágio remunerado no 2 ano do ensino médio, ganhava por hora e o trabalho era muito bom, imaginem fazer planilhas, fluxogramas informativos em uma usina hidrelétrica, com direito a motorista na porta da escola. O tempinho que não volta mais. Saudades de todas as pessoas que conheci, convivi diariamente, que cada uma do seu jeito marcaram demais a minha vida.

Estou sem trabalhar a quase 1 ano. Confesso que as vezes acho que vou ficar louca. Me irrito quando o didio pergunta: Mas o que fez o dia inteiro?
Senhor, acho que é por isso que não gosto dos serviços domésticos. Não é valorizado da maneira que deveria. Não é fácil ter que tomar conta de uma casa. E quando se odeia fazer isso torna-se mais horrível. Podem me chamar de preguiçosa, ou qualquer outro adjetivo, mas eu não nasci pra Amélia, não! E eu deixo isso bem claro pro meu marido quando ele vem com aquele papinho de homem machista. Quem foi que inventou essa que homem não pode fazer nada em casa? Custa ajudar um pouco. Com certeza não ficará menos homem. Isso deve ser culpa de alguma mãe.
Além de termos que fazer almoço, arrumar a mesa, servir, ainda temos que após todo esse trabalho limpar as louças sozinhas enquanto estão lá os bonitos só assistindo, isso quando não reclamam de alguma coisa que esteja mal arrumado. Eu me recuso a ser a empregadinha queridinha. Viu que algo não está a seu agrado, fora do lugar, pode arrumar, eu agradeço. rsrs
Antes que pensem que a minha casa é uma bagunça, desordem, vou esclarecer logo. Eu não gosto, mas faço. Infelizmente não faço só o que eu gosto. Conto com a ajuda de uma senhora que vem 1 vez por semana fazer aquela faxina, aí eu mantenho em ordem.

Agora com o Gustavo estou dividida se volto ou não a trabalhar fora agora. Por um lado, adoraria ficar com meu filho o máximo de tempo possível, mas, como já comentei não estou suportanto em ser só a do Lar. Não que eu considere um serviço inferior, até admiro quem gosta e vive para isso, mas eu não consigo me imaginar vivendo assim.
Sempre trabalhei fora, me virava sozinha, fazia minhas gororóbas, como diziam a cumadi Aline e Cati, quando nós moravamos juntas. rsrs. E o fato de ter que ficar pedindo dinheiro pra qualquer coisa que eu vá fazer me irrita, detesto ficar dando explicações, e como já recebi minha última parcela do auxilio maternidade esse mês, já estou irritada com antecedência pro próximo mês.
Por enquanto estou aproveitando bem esse momento que estou por casa. Nossa agenda sempre está lotada de compromissos, não consigo, não gosto, não quero e não vou ficar só em casa de bobeira vendo a vida passar. Vou na academia, fazemos natação, temos jogos, salão, passeios, compras, caminhadas e essa semana começam as aulas novamente. Até tinha esquecido, esse ano será o ano dos estágios, que pena que não será remunerado. rsrs. Quer dizer, por enquanto, quem sabe aceite o convite pra voltar a trabalhar, mesmo contrariando a vontade do meu marido. Mas ainda estamos estudando o assunto. Só que não esqueçam de uma coisa: Não nasci pra Amélia não! Rsrs  

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